quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Bad day

Sabe aquele dia que, cá entre nós, não deveria ter existido? Como se, se você pudesse voltar no tempo, dormiria na noite de terça e só acordaria na manhã de quinta? Pois é, destes!

Sabe aquela vontade de se tornar miniatura, se esconder numa caixinha pequena e ficar só consigo mesma, ouvindo (no máááximooo) só o som da sua respiração, sem sequer lembrar que existem outras pessoas no mundo? Pois é, destas!

Um dia de cão, sem dúvidas. Aquele dia que parece que existiu somente para provar a sua fé. Fé em si mesmo, no caso, porque para Deus ou qualquer outra divindade a gente sempre acaba guardando um pouquinho, isso é fato. Parece que a gente guarda a fé para todo mundo e, caso sobre, fica um "restim" de fé em nós mesmos.

E aí, depois de toda aquela história de "eu sempre seguirei em frente", "serei feliz custe o que custar", "com certeza vou vencer na vida porque sou forte e, se Deus é por nós quem será contra nós?", blá blá blá parece se equilibrar na corda-bamba, podendo despencar lá de cima, do alto da sua auto-estima intocável e quebrar, como um vasinho de cristal. E talvez ela despenque, se espatife em mil pedaços, você traumatiza e nunca mais se aventura a subir novamente no picadeiro, "a quem eu achava que ia enganar, eu sempre soube que não era tão forte", "pra que lutar, não dá 'pra ver? Sou um fracasso mesmo", mimimimimi.....

Ou talvez, você, teimoso 'pra caraleo, vai lá, todo pedante, junta tooooooodossss os caquinhos, põe na sacola, nem sabe se vai dar para colá-los, mas faz cara de "quem disse que eu não consigo" e parte para remendar o tal vasinho, talvez adicione outros detalhes para ajudar nos remendos, diz que assim está melhor "porque antes tava muito sem graça mesmo, já tava na hora de quebrar saporra 'pra eu tomar vergonha na cara e fazer um vaso decente". Começa tuuuudo de novo, não hesita em subir no bendito picadeiro porque "caí, levantei, tô vivo, posso subir de novo". E lá está você de novo.


Felizmente / infelizmente, sou desse jeitinho, sem tirar nem por. Claro, vou despencar e subir novamente sabe-se lá quantas milhões de vezes. A idéia é ter um vaso fodástico né. Vai que um dia eu consiga? Pois é, tá aí... eis a minha maior qualidade e, provavelmente, o meu maior defeito: como diria o finado Cazuza, "Eu só sei insistir".

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