domingo, 24 de junho de 2012
sábado, 10 de setembro de 2011
2011
Dia desses embarquei numa "discussão" filosófica com meu amigo. E consistia em uma só idéia: estamos velhos, cara. Sim, com 24 anos estamos velhos. Tudo bem, agora eu entendo quando o povo de 50 diz que se sente como se tivesse 20. Eu percebi que ainda me sinto com 18. Mas aí foi pensar sobre o comportamento do povo que tem 18 hoje e me senti com 60.
Dia desses, num frio desgraçado, numa tarde de sábado, recebi uma ligação me convidando para "curtir a noite" (ok, não foram nessas palavras, mas enfiiiimm). E eu realmente só podia estar muito entediada ou com muito fogo já sabe onde para sair naquele frio lazarento. Mas eu fui porque, sabe como é, ainda sou jovem, tenho que "curtir a vida".
Posso dizer, sem nenhuma sombra de hipocrisia, que saí realmente para me divertir. Porque essa história já é manjada né... Você vê as "moçoilas" nas "buatchys" no salto, maquiagem quase de drag queen, vestidinho que, certeza, não gastou mais de 50 cm e tecido pra fazer (naquele friiioooooo dos infernos, cara, porque piriguete não sente frio jamais né)e ainda têm a audácia de dizer "só vim pra dançar". Ahammmm... no fim da noite é possível ver como elas estão só "dançando".
Enfim, mesmo que eu quisesse sair para me divertir de ouuuutra maneira (se é que vocês me entendem), seria difícil né. Porque, com tanta carne exposta (e nessa hora me vem na mente aqueles cortes de carne expostos nos açougues), a vida fica difícil p/ mim, com meus meros ossinhos todos cobertos devido aquele frio dos diabos que né,só quem não tá "no veneno" sente.
E não era só toda essa "exposição da figura " que incomodava. Maaaanooo... eu olhava para os lados e não sabia se ria ou se me deprimia.No fim das contas era engraçado ver aquela espécie de "dança do acasalamento": as garotinhas se esforçando para ser mulher (tudo bem que acaba parecendo outra coisa, maaaasss..enfim), vezenquando meio que baixando a pomba gira, os garotinhos no maior estilo "pavão", enfim...aquela coisa que só se torna engraçada e triste ao mesmo tempo para quem já passou há muito tempo dessa fase ou, quem sabe, nunca passou por ela.
Parei para pensar e constatar novamente: estou velha, mano. E não, não é no mau sentido da coisa. Por mais que eu fosse madura, nos meus 18, paro, penso e percebo que não tinha sequer um terço da noção que tenho hoje, a noção do ridículo que tenho hoje, os planos, as experiências, os trejeitos, os amigos, a consciência, o auto-conhecimento, a alegria que, embora de certa forma adquirida por meio de muita tristeza, não é uma alegria vazia, é merecida.
Penso que em um ano, vivi mais do que em 17, 18, por aí. Puta merda, quanta coisa planejei para esse ano, quantas preces eu fiz, quantas realizei, quantas continuo esperando, lutando, planejando novamente. O quanto eu sofri, surtei, me estressei. O quanto eu levantei, respirei fundo, comecei de novo, o quanto eu ri,chorei de felicidade, o quanto me surpreendi, o quanto eu me fechei, me abri. Porque,muitas vezes você tem que ter forças para se fechar para certas coisas, pessoas, situações. Da mesma forma é necessário ter forças para se abrir para milhões de outras para as quais você se fechou.
Veja bem, quanta coisa só nesse ano, que ainda nem terminou. Acredito que aos 18 eu não vivia, eu via a vida passar e acompanhava. E, se me perguntar o que eu realizei em 2011, posso responder sem hesitar: foi nesse ano que decidi começar a viver. A época dos meus 18, foi apenas um preparatório. Hoje eu vivo, não só assisto. E, cara, apesar dos pesares (que são muitos), posso dizer: é uma delícia!
Dia desses, num frio desgraçado, numa tarde de sábado, recebi uma ligação me convidando para "curtir a noite" (ok, não foram nessas palavras, mas enfiiiimm). E eu realmente só podia estar muito entediada ou com muito fogo já sabe onde para sair naquele frio lazarento. Mas eu fui porque, sabe como é, ainda sou jovem, tenho que "curtir a vida".
Posso dizer, sem nenhuma sombra de hipocrisia, que saí realmente para me divertir. Porque essa história já é manjada né... Você vê as "moçoilas" nas "buatchys" no salto, maquiagem quase de drag queen, vestidinho que, certeza, não gastou mais de 50 cm e tecido pra fazer (naquele friiioooooo dos infernos, cara, porque piriguete não sente frio jamais né)e ainda têm a audácia de dizer "só vim pra dançar". Ahammmm... no fim da noite é possível ver como elas estão só "dançando".
Enfim, mesmo que eu quisesse sair para me divertir de ouuuutra maneira (se é que vocês me entendem), seria difícil né. Porque, com tanta carne exposta (e nessa hora me vem na mente aqueles cortes de carne expostos nos açougues), a vida fica difícil p/ mim, com meus meros ossinhos todos cobertos devido aquele frio dos diabos que né,só quem não tá "no veneno" sente.
E não era só toda essa "exposição da figura " que incomodava. Maaaanooo... eu olhava para os lados e não sabia se ria ou se me deprimia.No fim das contas era engraçado ver aquela espécie de "dança do acasalamento": as garotinhas se esforçando para ser mulher (tudo bem que acaba parecendo outra coisa, maaaasss..enfim), vezenquando meio que baixando a pomba gira, os garotinhos no maior estilo "pavão", enfim...aquela coisa que só se torna engraçada e triste ao mesmo tempo para quem já passou há muito tempo dessa fase ou, quem sabe, nunca passou por ela.
Parei para pensar e constatar novamente: estou velha, mano. E não, não é no mau sentido da coisa. Por mais que eu fosse madura, nos meus 18, paro, penso e percebo que não tinha sequer um terço da noção que tenho hoje, a noção do ridículo que tenho hoje, os planos, as experiências, os trejeitos, os amigos, a consciência, o auto-conhecimento, a alegria que, embora de certa forma adquirida por meio de muita tristeza, não é uma alegria vazia, é merecida.
Penso que em um ano, vivi mais do que em 17, 18, por aí. Puta merda, quanta coisa planejei para esse ano, quantas preces eu fiz, quantas realizei, quantas continuo esperando, lutando, planejando novamente. O quanto eu sofri, surtei, me estressei. O quanto eu levantei, respirei fundo, comecei de novo, o quanto eu ri,chorei de felicidade, o quanto me surpreendi, o quanto eu me fechei, me abri. Porque,muitas vezes você tem que ter forças para se fechar para certas coisas, pessoas, situações. Da mesma forma é necessário ter forças para se abrir para milhões de outras para as quais você se fechou.
Veja bem, quanta coisa só nesse ano, que ainda nem terminou. Acredito que aos 18 eu não vivia, eu via a vida passar e acompanhava. E, se me perguntar o que eu realizei em 2011, posso responder sem hesitar: foi nesse ano que decidi começar a viver. A época dos meus 18, foi apenas um preparatório. Hoje eu vivo, não só assisto. E, cara, apesar dos pesares (que são muitos), posso dizer: é uma delícia!
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Bad day
Sabe aquele dia que, cá entre nós, não deveria ter existido? Como se, se você pudesse voltar no tempo, dormiria na noite de terça e só acordaria na manhã de quinta? Pois é, destes!
Sabe aquela vontade de se tornar miniatura, se esconder numa caixinha pequena e ficar só consigo mesma, ouvindo (no máááximooo) só o som da sua respiração, sem sequer lembrar que existem outras pessoas no mundo? Pois é, destas!
Um dia de cão, sem dúvidas. Aquele dia que parece que existiu somente para provar a sua fé. Fé em si mesmo, no caso, porque para Deus ou qualquer outra divindade a gente sempre acaba guardando um pouquinho, isso é fato. Parece que a gente guarda a fé para todo mundo e, caso sobre, fica um "restim" de fé em nós mesmos.
E aí, depois de toda aquela história de "eu sempre seguirei em frente", "serei feliz custe o que custar", "com certeza vou vencer na vida porque sou forte e, se Deus é por nós quem será contra nós?", blá blá blá parece se equilibrar na corda-bamba, podendo despencar lá de cima, do alto da sua auto-estima intocável e quebrar, como um vasinho de cristal. E talvez ela despenque, se espatife em mil pedaços, você traumatiza e nunca mais se aventura a subir novamente no picadeiro, "a quem eu achava que ia enganar, eu sempre soube que não era tão forte", "pra que lutar, não dá 'pra ver? Sou um fracasso mesmo", mimimimimi.....
Ou talvez, você, teimoso 'pra caraleo, vai lá, todo pedante, junta tooooooodossss os caquinhos, põe na sacola, nem sabe se vai dar para colá-los, mas faz cara de "quem disse que eu não consigo" e parte para remendar o tal vasinho, talvez adicione outros detalhes para ajudar nos remendos, diz que assim está melhor "porque antes tava muito sem graça mesmo, já tava na hora de quebrar saporra 'pra eu tomar vergonha na cara e fazer um vaso decente". Começa tuuuudo de novo, não hesita em subir no bendito picadeiro porque "caí, levantei, tô vivo, posso subir de novo". E lá está você de novo.
Felizmente / infelizmente, sou desse jeitinho, sem tirar nem por. Claro, vou despencar e subir novamente sabe-se lá quantas milhões de vezes. A idéia é ter um vaso fodástico né. Vai que um dia eu consiga? Pois é, tá aí... eis a minha maior qualidade e, provavelmente, o meu maior defeito: como diria o finado Cazuza, "Eu só sei insistir".
Sabe aquela vontade de se tornar miniatura, se esconder numa caixinha pequena e ficar só consigo mesma, ouvindo (no máááximooo) só o som da sua respiração, sem sequer lembrar que existem outras pessoas no mundo? Pois é, destas!
Um dia de cão, sem dúvidas. Aquele dia que parece que existiu somente para provar a sua fé. Fé em si mesmo, no caso, porque para Deus ou qualquer outra divindade a gente sempre acaba guardando um pouquinho, isso é fato. Parece que a gente guarda a fé para todo mundo e, caso sobre, fica um "restim" de fé em nós mesmos.
E aí, depois de toda aquela história de "eu sempre seguirei em frente", "serei feliz custe o que custar", "com certeza vou vencer na vida porque sou forte e, se Deus é por nós quem será contra nós?", blá blá blá parece se equilibrar na corda-bamba, podendo despencar lá de cima, do alto da sua auto-estima intocável e quebrar, como um vasinho de cristal. E talvez ela despenque, se espatife em mil pedaços, você traumatiza e nunca mais se aventura a subir novamente no picadeiro, "a quem eu achava que ia enganar, eu sempre soube que não era tão forte", "pra que lutar, não dá 'pra ver? Sou um fracasso mesmo", mimimimimi.....
Ou talvez, você, teimoso 'pra caraleo, vai lá, todo pedante, junta tooooooodossss os caquinhos, põe na sacola, nem sabe se vai dar para colá-los, mas faz cara de "quem disse que eu não consigo" e parte para remendar o tal vasinho, talvez adicione outros detalhes para ajudar nos remendos, diz que assim está melhor "porque antes tava muito sem graça mesmo, já tava na hora de quebrar saporra 'pra eu tomar vergonha na cara e fazer um vaso decente". Começa tuuuudo de novo, não hesita em subir no bendito picadeiro porque "caí, levantei, tô vivo, posso subir de novo". E lá está você de novo.
Felizmente / infelizmente, sou desse jeitinho, sem tirar nem por. Claro, vou despencar e subir novamente sabe-se lá quantas milhões de vezes. A idéia é ter um vaso fodástico né. Vai que um dia eu consiga? Pois é, tá aí... eis a minha maior qualidade e, provavelmente, o meu maior defeito: como diria o finado Cazuza, "Eu só sei insistir".
segunda-feira, 14 de março de 2011
São as águas de março fechando o verão...
Estava sozinha, enquanto o céu parecia desabar. A natureza "chorava" todas as lágrimas a que tinha direito, creio que até muito mais lágrimas do que as que o ser humano realmente causou. Não há meio de comunicação. Eletrodomésticos desligados, possibilidade de curto-circuito, não há pessoas, quase não há luz. Não há o que fazer. A inquietude a toma de assalto, o medo também. Não tinha nada para se distrair, se sentiu oprimida, como se tal manifestação da natureza fosse um ultimato para que se deixasse mergulhar em si própria, longe de estímulos externos. Era um meio de, pela primeira vez, ter como companhia apenas ela mesma. Constatou que era uma companhia chata e entediante. Menos de quinze minutos e já estava a ponto de surtar. Não conseguiu: escolheu como companheiros papel e caneta e se pôs a escrever pensamentos abastratos e meio que sem nexo. Pensou bem e tentou refletir: que tipo de solidão era a que ela dizia que amava tanto? Essa que sentiu foi horrível . Pela primeira vez sentiu falta de pessoas. Ao menos das vozes delas. Diante disso concluiu que o ser humano é mesmo bizarro. É autosuficiente, dono do próprio nariz, por vezes se sente superior ao próximo. Até se sentir acuado pelo medo, oprimido pela solidão, até passar a se colocar no lugar do outro. E aí, depois de reconhecer sua vulnerabilidade e necessidade do outro, ser confortado ou se sentir útil, volta a ser o mesmo de antes. Acho isso bem perceptível quando acontecem desastres naturais. Seja tsunami no Japão, terremoto no Haiti, desabamentos no Rio, whatever. A sequência é sempre a mesma: Primeiro a perplexidade e a incredulidade: "Meu Deus, como pode"? Como assim??? Venhamos e convenhamos: desde que o mundo é mundo, tudo é possível. Pode não ser bom, mas sim, é possível. Deposi vem a curiosidade, o fascínio. O ser humano tem uma curiosidade infinita e, em se tratando de fenômenos naturais então... É isso que te faz ligar a TV no Jornal Nacional, Jornal da Globo, Domingo Espetacular, Fantástico, e até esperar a musiquinha do "Plantão". Torna-se uma coisa emocionante (para quem está de fora, logicamente). É isso que te faz perder tempo e ficar hoooras no youtube procurando vídeos novos e mais nítidos de um melhor ângulo do tsunami. Normal, perfeitamente normal. Somos "humanos", não é? Aí começa isso: nos sentimos "humanos" e acontece uma onda de solidariedade. Doação de roupas para lá, fila do sopão para lá, rifas e leilões beneficentes. Todos demonstram sua solidariedade, se emocionam com relatos de sobreviventes, fazem orações. Por fim, passadas duas ou três semanas: o esquecimento. Todos retomam suas vidas, os jornais encontram outras matérias ( mais um escândalo políticou ou mais uma peripécia de Charlie Sheen). A vida volta ao normal. Aí a tal "tragédia" vira piada de humor negro no twitter, facebook, em blogs, vlogs, enfim... Até, passado algum tempo, haver outra catátrofe. Aí voltam todas as etapas da "onda de solidariedade" (sem trocadilhos infames com tsunamis, please). E assim, os humanos se sentem "humanos" novamente.
sábado, 4 de setembro de 2010
E eu não era eu. Eu era apenas um velho de vestes pobres, um pobre diabo que sequer tinha criatividade para se esconder. E viu a pequena criança ser apanhada sem nada poder fazer. O que lhe restou foi apenas se manter em silêncio para que pudesse continuar a salvo. Mas lhe faltou astúcia, no momento em que tentou conferir se estava livre foi pego de surpresa. Não reagiu. Ora, como se esperar que ele reagisse? Era só um velho que mal dava dois passos.
Eis que foi parar no mesmo local para o qual a pequena menina foi encaminhada. Lembrava a velha Alemanha devastada pela guerra.Numa "escola" improvisada, uma espécie de barracão, lá estavam a menina e mais umas trinta. Todas pareciam ser iguais, o mesmo olhar de resignação e ao mesmo tempo de desprezo. Não havia desespero, havia apatia.
Percebo que há algo parecido com televisor (existiria naquela época? Improvável). Pegava fogo. E todas assistiam como se estivessem assistindo a qualquer acontecimento banal. Pelo amor de Deus, isso vai se alastrar!!! Eis a resposta que obtive: "Não adianta. Vai queimar do mesmo jeito". Bastava jogar um balde de água, abafar com um cobertor. Como não adiantaria?
Olho pela janela abaixo. Não era tão alta. Sugiro que desçamos por ali. Qual foi a resposta obtida? "Não adianta". Deveria eu então, enxergando o que deveria ser feito, descido só? Deveria. E o que eu fiz? Continuei ali, como estátua de pedra, embora "inconformada", da mesma forma que as crianças apáticas a quem critiquei.
Eu vi o perigo, sabia o que aconteceria. E deixei acontecer. É o que nos costuma acontecer dia após dia, desde as situações mais banais até as mais delicadas. O que fazemos para mudá-las?
Eis que foi parar no mesmo local para o qual a pequena menina foi encaminhada. Lembrava a velha Alemanha devastada pela guerra.Numa "escola" improvisada, uma espécie de barracão, lá estavam a menina e mais umas trinta. Todas pareciam ser iguais, o mesmo olhar de resignação e ao mesmo tempo de desprezo. Não havia desespero, havia apatia.
Percebo que há algo parecido com televisor (existiria naquela época? Improvável). Pegava fogo. E todas assistiam como se estivessem assistindo a qualquer acontecimento banal. Pelo amor de Deus, isso vai se alastrar!!! Eis a resposta que obtive: "Não adianta. Vai queimar do mesmo jeito". Bastava jogar um balde de água, abafar com um cobertor. Como não adiantaria?
Olho pela janela abaixo. Não era tão alta. Sugiro que desçamos por ali. Qual foi a resposta obtida? "Não adianta". Deveria eu então, enxergando o que deveria ser feito, descido só? Deveria. E o que eu fiz? Continuei ali, como estátua de pedra, embora "inconformada", da mesma forma que as crianças apáticas a quem critiquei.
Eu vi o perigo, sabia o que aconteceria. E deixei acontecer. É o que nos costuma acontecer dia após dia, desde as situações mais banais até as mais delicadas. O que fazemos para mudá-las?
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Morava aqui por perto, pela vizinhança. Só o conhecia de vista e ouvia falar por ser um dos colegas de meu irmão. Não amigo íntimo, mas colega, desses com quem se vai a alguns rocks de vez em quando. Mas era incrivelmente jovem. Na verdade não pegou ninguém de surpresa, mas sempre fica aquela sensação de incredulidade. Porque ainda é difícil aceitar a morte de gente na flor da juventude.
Por mais que eu não tenha intimidade, a morte de alguém sempre mexe comigo. Volto a refletir sobre a questão vida/ morte. Nunca é agradável. Me pego pensando nas última sensações da pessoa, se ela sofreu muito ou se conformou. Ou quem sabe nem viu. É algo que nunca saberei.
Outra coisa que me chateia é ver gente jovem assim, na maioria das vezes doente, lutando para viver, querendo realmente dar a volta por cima, ainda com esperança. E na maioria das vezes é vencida. Ao passo que tem gente por aí vendendo saúde, com família maravilhosa, flertando com a morte. Acabo me sentindo meio culpada também, por hoje em dia não achar a morte a coisa mais assustadora do mundo ( pelo menos a minha... já se for com alguém que eu ame, o caso é totalmente diferente). Já cheguei a pensar que, já que a pessoa nasce justamente para morrer, por que ela chega a nascer então??? Daí alguém me responde: ninguém pediu para nascer, mas se pudesse escolher, certamente escolheria nascer. Acho que há controvérsias. É estranho pensar que você vem para esse mundo fadado a morte e ainda tem que levar uns tantos sofrimentos de brinde. Lógico, tem gente que prefere pensar só nos bons momentos que a vida lhe proporcionou, partindo desse ponto de vista, pode-se dizer que valeu a pena ter vivido. Mas a questão toda é: vale à pena tudo isso?
Não sei, cara... ultimamente tem morrido pessoas próximas a mim, e posso dizer que o buraco, o vazio que cada uma delas a sua maneira deixa na nossa vida, faz com que a gente acabe sentindo menos a próxima, não porque a gente não tem sentimento, mas porque um pedaço da alma meio que vai junto, sabe?
Felizes são os animais. Nascem sem perceber, morrem sem saber. E não tem consciência para se torturar com isso.
Por mais que eu não tenha intimidade, a morte de alguém sempre mexe comigo. Volto a refletir sobre a questão vida/ morte. Nunca é agradável. Me pego pensando nas última sensações da pessoa, se ela sofreu muito ou se conformou. Ou quem sabe nem viu. É algo que nunca saberei.
Outra coisa que me chateia é ver gente jovem assim, na maioria das vezes doente, lutando para viver, querendo realmente dar a volta por cima, ainda com esperança. E na maioria das vezes é vencida. Ao passo que tem gente por aí vendendo saúde, com família maravilhosa, flertando com a morte. Acabo me sentindo meio culpada também, por hoje em dia não achar a morte a coisa mais assustadora do mundo ( pelo menos a minha... já se for com alguém que eu ame, o caso é totalmente diferente). Já cheguei a pensar que, já que a pessoa nasce justamente para morrer, por que ela chega a nascer então??? Daí alguém me responde: ninguém pediu para nascer, mas se pudesse escolher, certamente escolheria nascer. Acho que há controvérsias. É estranho pensar que você vem para esse mundo fadado a morte e ainda tem que levar uns tantos sofrimentos de brinde. Lógico, tem gente que prefere pensar só nos bons momentos que a vida lhe proporcionou, partindo desse ponto de vista, pode-se dizer que valeu a pena ter vivido. Mas a questão toda é: vale à pena tudo isso?
Não sei, cara... ultimamente tem morrido pessoas próximas a mim, e posso dizer que o buraco, o vazio que cada uma delas a sua maneira deixa na nossa vida, faz com que a gente acabe sentindo menos a próxima, não porque a gente não tem sentimento, mas porque um pedaço da alma meio que vai junto, sabe?
Felizes são os animais. Nascem sem perceber, morrem sem saber. E não tem consciência para se torturar com isso.
domingo, 1 de novembro de 2009
Tá bom!
Esteve um tanto melancólica ultimamente. Cheia de versos tristes, poemas amargos, músicas estranhas. Adquiriu uma irritabilidade repentina realçada pela impaciência que sempre esteve presente mas que dessa vez parecia gritar que estava ali presente aos quatro cantos do mundo. No país dos feriados, este era apenas mais um. Prolongado e destinado ao tédio: chovia há praticamente uma semana.
Sendo assim, lhe restou os filmes de Almodovar, os famosos seriados e alguns livros novos. Ah, não podemos nos esquecer: ainda tinha um bom resto de vodka velha de sei lá quanto tempo. Bom..agora não tem mais.
Quatro dias seguidos em casa seria muita tortura! Andava meio hiperativa. Mas nada pôde fazer, apenas sobreviveu. Acordou no dia seguinte como imaginou que iria acordar: mal-humorada, tonta e se perguntando se era mesmo necessário beber tanto.
Logo mais parou para refletir: o que havia de errado? Nada absurdo. Era tão simples! Apenas algumas palavras e tudo se resolveria: para o bem ou para o mal. Mas resolveria. Seria esse o motivo do medo? Ou apenas o sentimento de impotência por não conseguir controlar, dessa vez? Por que para algumas pessoas era tão simples? Por que ela se sentia fragilizada diante da nova situação? Nunca esperou por ela, mas sabia que cedo ou tarde aconteceria. Antes fosse bem mais tarde.
Tudo estranho, muito estranho. Tudo se esclarece e logo depois se confunde. Tudo se confunde e logo depois se esclarece. "Mas a dúvida é o preço da pureza e é inútil ter certeza"...
"Mesmo com tantos motivos p/ deixar tudo como está: nem desistir nem tentar, agora tanto faz..."
Sente-se bem melhor agora.
Sendo assim, lhe restou os filmes de Almodovar, os famosos seriados e alguns livros novos. Ah, não podemos nos esquecer: ainda tinha um bom resto de vodka velha de sei lá quanto tempo. Bom..agora não tem mais.
Quatro dias seguidos em casa seria muita tortura! Andava meio hiperativa. Mas nada pôde fazer, apenas sobreviveu. Acordou no dia seguinte como imaginou que iria acordar: mal-humorada, tonta e se perguntando se era mesmo necessário beber tanto.
Logo mais parou para refletir: o que havia de errado? Nada absurdo. Era tão simples! Apenas algumas palavras e tudo se resolveria: para o bem ou para o mal. Mas resolveria. Seria esse o motivo do medo? Ou apenas o sentimento de impotência por não conseguir controlar, dessa vez? Por que para algumas pessoas era tão simples? Por que ela se sentia fragilizada diante da nova situação? Nunca esperou por ela, mas sabia que cedo ou tarde aconteceria. Antes fosse bem mais tarde.
Tudo estranho, muito estranho. Tudo se esclarece e logo depois se confunde. Tudo se confunde e logo depois se esclarece. "Mas a dúvida é o preço da pureza e é inútil ter certeza"...
"Mesmo com tantos motivos p/ deixar tudo como está: nem desistir nem tentar, agora tanto faz..."
Sente-se bem melhor agora.
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